Durante as eleições brasileiras de 2018, foi dito que o Partido dos Trabalhadores (PT) tinha distribuído mamadeiras eróticas em creches, que um livro do "kit gay" ia ensinar sexo para crianças de 6 anos e abrir as portas para a pedofilia, e que a infância e a família estavam em risco caso Fernando Haddad fosse eleito. Em resposta, a Coligação O Povo Feliz de Novo (PT/PC do B/PROS) propôs 13 ações judiciais perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para denunciar publicações com esse tipo de conteúdo e solicitar sua remoção de plataformas como o Facebook, Twitter e YouTube. Neste livro, identificamos (e problematizamos) os parâmetros de decisão adotados pelos Ministros do TSE ao decidir cada um desses casos. A partir das categorias de desordem informacional e gendered disinformation, discutimos os riscos que as afirmações falsas sobre o "kit gay" representam aos direitos humanos da população LGBTQIA+ e a noções possíveis de democracia deliberativa; sinalizamos como uma postura acrítica sobre o desenvolvimento do fluxo de (des)informações pode reforçar desigualdades estruturais, deixando de considerar como narrativas homotransfóbicas não são "opiniões" ou "posicionamentos críticos"; e, ao final, apresentamos alguns caminhos (ainda abertos) de como podemos nos (re)organizar para enfrentar o problema.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.