O tempo nos atravessa transparente, nem percebemos sua boca no futuro, suas garras no presente, sua fome no passado. Trata-se de um animal carnívoro impossível de ser amestrado, algumas vezes nos iludimos pensando estar no controle, como se tivéssemos uma coleira, quando, na verdade, a coleira está em nossos pescoços e nem percebemos. Diante do tempo, temos a poesia como uma inútil tentativa de controle, a poesia não tem carne, perdura independente do tempo, mesmo agredida pelo tempo, mordida, pisoteada, o tempo não consegue mastigá-la.
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