Um senhor idoso, severo e mal-humorado que acredita que ele e seu filho são as últimas pessoas virtuosas no mundo. Seu irmão, um homem político, generoso e boa-praça, que acha possível ser, ao mesmo tempo, pai e amigo do filho. Dois jovens, criados por pais e pedagogias diferentes, mas que igualmente lhes ocultam embaraçosas aventuras amorosas. Um escravo mentiroso e debochado, que diverte a si e ao público enganando o velho severo. Encenada pela primeira vez em Roma em 160 a.C., Os Adelfos foi a última comédia do jovem dramaturgo Públio Terêncio Afro, que morreria um ano depois, aos 36 anos. Recheada de enganos, linguagem popular, trocadilhos, humor físico e ironias para com suas personagens e tradições cômicas, Os Adelfos (Os Irmãos, em grego) também pode trazer questões atemporais: há uma forma mais segura para educar um filho? Quais os limites para a severidade ou liberdade empregados por um pai? Sua trama, enganosa e oscilante, constantemente deixa o espectador - ou leitor - com a sensação de que o poeta oculta-lhe alguns detalhes. A primeira parte do livro propõe-se a esclarecer essa estrutura urdida pelo poeta. Segue-se a edição bilíngue, com os versos originais em latim e uma criteriosa tradução em prosa para o português brasileiro. Conhecido por uma linguagem que trazia, por um lado, urbanidade, elegância e naturalidade e, por outro, termos populares, pleonasmos, arcaísmos e ofensas, Terêncio é aqui vertido à prosa do português contemporâneo de forma fluida, contemplando também esses efeitos textuais. Paramentado com mais de 400 notas de fim sobre elementos culturais, recursos de humor, de linguagem e critérios de tradução, este livro é direcionado tanto aos pesquisadores de Letras Clássicas e de Educação quanto aos que buscam o prazer do riso que também possa fazer pensar.
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