"Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens: Poema" é uma obra-prima de Jacques Delille que se destaca no contexto da poesia neoclássica francesa do final do século XVIII. Neste poema, Delille explora a relação intrínseca entre a natureza e a arte, apresentando um discurso que valoriza a beleza dos jardins como uma expressão estética do cultivo cuidadoso da paisagem. Seu estilo literário é caracterizado pela rigorosa métrica, pela utilização de imagens vívidas e pela profundidade filosófica, refletindo uma época em que a sensibilidade ao belo e a busca pela harmonia eram centrais. O poema se desdobra em uma série de reflexões sobre a estética do espaço verde, seguindo uma tradição que reverencia a simetria e a ordem natural como princípios de beleza. Jacques Delille, nascido em 1738, foi um poeta e tradutor que se destacou como um dos precursores do romantismo francês. Sua formação religiosa e seu interesse pelo iluminismo proporcionaram-lhe uma perspectiva única sobre a relação do homem com a natureza e a necessidade de preservá-la. Delille foi profundamente influenciado pela filosofia de Rousseau e pela tradição clássica, o que se reflete na sua insistência na moralidade e na ética em suas obras, apontando para sua preocupação com o papel do ser humano no mundo natural. Recomendo "Os jardins ou a arte de aformosear as paisagens: Poema" a qualquer leitor interessado em poesias que meditam sobre a interação entre cultura e natureza. A obra não apenas proporciona uma leitura agradável, mas também convida à reflexão sobre a importância da beleza e da estética em nossas vidas, além de ser um testemunho da transição literária que precedeu o romantismo na França. Assim, a leitura de Delille é essencial para aqueles que desejam aprofundar-se na poesia e na filosofia do final do século XVIII.
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