Este livro examina a construção progressiva da noção de função paterna e sua relevância para a psicanálise. A distinção entre o pai assassinado (narcísico) e o pai morto é considerada um paradigma para a compreensão de diferentes psicopatologias, bem como de obras literárias, da antropologia e de acontecimentos históricos. São introduzidos novos conceitos, como "um pai é espancado", e uma distinção entre o après-coup descritivo e o après-coup dinâmico, inaugurando uma compreensão psicanalítica da temporalidade. O livro inclui uma reflexão sobre como os conceitos de instinto de morte e de negativo podem auxiliar a compreensão de Auschwitz, um momento que a autora caracteriza como "o assassinato do pai morto". A obra é uma importante referência intelectual e clínica e será leitura obrigatória para psicanalistas, psicoterapeutas, antropólogos e historiadores, bem como estudantes de todas essas disciplinas.
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