A harmonía tem uma grande relevância para a história da música ocidental. Contudo, percebe-se que havia uma lacuna nos estudos que se preocupam com a elaboração de uma genealogia desse termo. Sendo assim, a obra, tornada agora pública, na forma de livro, propõe uma leitura que visa ao rastreamento dos usos mais arcaicos da harmonía até o seu sentido propriamente musical. O intuito do estudo foi fazer uma varredura dos usos do vocábulo harmonía, buscando interpretar, caso a caso, os problemas que apareceram em seu percurso. Seguindo esse caminho, foi possível observar seu uso predominantemente verbal na Ilíada e na Odisseia de Homero; sua inauguração como nome de uma deusa na Teogonia de Hesíodo; sua presença contínua e necessária na descrição fragmentária de Heráclito e de Empédocles; sua apropriação pela matemática que a conduziu para uma explicação exata das escalas musicais nos fragmentos de Filolau e Arquitas; seus usos nos diálogos compostos por Platão, nos tratados de Aristóteles; e suas ocorrências presentes no material que nos restou de Aristóxeno. Logo, o objetivo de garimpar e de reconhecer as semânticas da harmonía por diferentes meios de expressão foi percorrido através de um recorte específico e da análise filosófica de suas ocorrências, levando em consideração seus mais variados modos e tempos verbais e percebendo seus diferentes traços no processo de declinação nominal.
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