Um fluxo de consciência, disparado por uma carta que o narrador recebe de certa mulher, conduz o enredo deste conto de Valentim Magalhães. O tema? O amor, nas variadas formas em que pode existir, entre um homem e uma mulher. Querendo soar científico, o narrador se baseia num suposto estudo sobre o sentimento, para concluir ser um amante questionável. E preferir ser odiado. O texto descreve a aflição de uma senhora ao descobrir que o sentimento de amor não é exclusivo dela. O narrador discorre sobre a inquietação da mulher a partir de uma carta desta que fala sobre uma cena ocorrida entre fim do século XIX e início do Passeio Público do Rio de Janeiro. No lugar, a tal senhora se depara com um homem feio e comum que está lendo uma carta e se emocionando. Isso a leva a questionar se todos podem amar e ser amados, inclusive pessoas que não são fisicamente atraentes. Ela conclui que a sedução vai além da aparência física e que o amor é uma trivialidade que não merece tanta importância. O autor também menciona as diferentes categorias de amantes e critica o ato de se suicidar por amor. No geral, o texto explora o paradoxo do amor e questiona as convenções sociais em torno desse sentimento.
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