Este livro analisa os assassinatos de mulheres ocorridos na região do Caparaó Capixaba, no período 2003-2016, e constata a permanência das práticas e representações patriarcais e a insuficiente articulação das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres. Tem como fonte 17 processos judiciais oriundos das Comarcas de Alegre, Guaçuí, Ibatiba, Iúna e Muniz Freire, documentos oficiais da União, do Estado do Espírito Santo, artigos dos jornais à Notícia e Folha do Caparaó e notícias dos órgãos oficiais digitais dos municípios pesquisados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, que utiliza o estudo de multicasos como método de procedimento, combinando a utilização das técnicas análise documental, observação livre e análise de conteúdo. O referencial teórico utilizado dialoga com autoras feministas, tais como, Sueli Almeida, Eva Blay, Maria Beatriz Nader, Heleieth Saffioti. A análise da documentação confirma a predominância das práticas e representações patriarcais e a percepção sobre as insuficientes políticas públicas de cuidado, prevenção e atendimento às mulheres. Dessa forma, as violências e, particularmente, os assassinatos de mulheres decorrem da continuidade dos comportamentos machistas e misóginos e da incapacidade do poder público de implementar uma rede de enfrentamento das violências e atendimento às mulheres que se encontram em situação de vulnerabilidade, especialmente, em contextos de violência doméstica e familiar.
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