O livro trata principalmente da forte influência que o marxista russo Alexandre Kojève teve sobre uma geração inteira de intelectuais franceses, como Maurice Merleau-Ponty, Raymond Aron, Georges Bataille, Jacques Lacan, Raymond Queneau e André Breton, que na década de 1930 assistiam às suas aulas sobre a Fenomenologia do Espírito, de Hegel, na École Practique dês Hautes Études em Paris. Alexandre Kojève foi o criador do conceito do "fim da história", tal como preconizado pelo americano Francis Fukuyama logo após a Queda do Muro de Berlim em 1989. Kojève concebeu esse conceito a partir da dialética do senhor e do servo, de Hegel, onde todos os conflitos políticos terminariam depois que o ser humano atingisse um estágio de plena consciência. Em contraste com este último, porém, Kojève previa a necessidade de um Estado após o fim da história, e no contexto marxista esse Estado seria responsável pela "administração das coisas". Dada a plena satisfação de seus cidadãos, o advento desse "Estado Universal e Homogêneo" implicaria no fim da política como forma de manifestação dos anseios e das necessidades humanas.
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