Pensar o literário pelo viés do contraponto crítico às grandes narrativas seculares e universalizantes é, ao mesmo tempo, se colocar em um lócus privilegiado de contestação dos paradigmas hegemônicos que se constituíram em estruturas euro-etno-logo-fono-falocêntricas. Dessa forma, os estudos que compõem a presente coletânea estão afinados pelo prisma da alteridade sabotadora dos modelos insossos e esclerosados que teimam em desafinar a sinfonia da diversidade pulsante da vida. Na coletânea, o método comparativo aproxima as escrevivências de Carolina Maria de Jesus e de Celeste Bastos. As amarguras amorosas experimentadas pelo sujeito Feminino, na narrativa de Ana Plácido, revelam o processo de solidão impingido à mulher. As escritas subalternizadas de Carolina Maria de Jesus e de Gloria Anzaldúa, a identidade angolana representada nas narrativas de Pepetela, as narrativas de resistência de Márcio Souza, as representações das mulheres negras em Conceição Evaristo, o cânone literário e o processo de invisibilidade de Maria Firmina dos Reis, as águas de Iemanjá, as águas doces de Oxum e do Rio Santana em Ilhéus-Bahia, a aproximação possível entre Deleuze e Conceição Evaristo, a subalternidade feminina na narrativa cinematográfica e a representação das Amazônias na literatura, tecem um todo diverso, plural e sugestivo.
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