O surgimento e crescimento do trabalho em plataformas digitais, principalmente a partir da crise econômica mundial de 2008, têm promovido mudanças significativas nas relações de trabalho. Esse processo criou uma nova classe de trabalhadores, também conhecidos como infoproletários, cujos direitos nem sempre acompanham a evolução das plataformas. Nesse sentido, é importante compreender essas relações para proteger o infoproletariado quanto à precarização, sem necessariamente impedir o desenvolvimento econômico. A perspectiva do capitalismo de vigilância tem trazido importantes contribuições para o entendimento desse fenômeno, em que o uso dos dados dos infoproletários parece refletir mais os interesses das grandes corporações, por meio da gestão algorítmica das plataformas, do que estabelecer uma relação justa de trabalho. Assim, o objetivo do trabalho foi investigar o perfil do infoproletariado, discutindo os resultados encontrados à luz do capitalismo de vigilância, e comparando com dados da pesquisa ILO Survey of Crowdworkers, da Organização Internacional do Trabalho.
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