Este livro não é um acalanto para amainar a dor dos deserdados do país. Talvez tenha a suavidade do leque para arejar a consciência do povo brasileiro excluído. Porventura, fazê-lo despertar e, alegres, enxergar melhor os problemas sociais da nacionalidade. Encerra uma filosofia realista, mas amenizada pela suavidade da musa a nos inspirar. Como o próprio título revela, é um cântico poetizado e proseado sobre temas e fatos contundentes, porém, abrandados, a fim de suavizar o doer de quem já é doído. Assim, informar, com objetividade, porque dói para, nunca mais, ser doído. Prosas e Versos dividem-se em duas unidades; a primeira emoldurada num somatório de vinte e um poemas intitulados Os Versos que Recitei. A segunda temática do texto conceitua-se As Prosas que Proseei. Compõe-se de vinte temas que envolvem palestras, conferências, discursos e prefácios sobre livros de vários autores, verbalizando esses temas e outros eventos de seu livre pensar como o Cantando o Cântico Cantado. Os Versos que Recitei encerra motes ousados como a Herança Política, execrando a família, a escola e a igreja, abaladas pelo neocolonialismo e a corrupção nacional. A Ecologia Capitalista verseja a poluição dos rios, mares, céus, florestas, em suma,o planeta, destruindo a pura natureza com agrotóxicos, Co2 , amônia, lixos, etc. Acrescenta, entre outros tantos versos, uma saudação honrosa às fêmeas do universo no poema O Reinado das Fêmeas. Em resumo,21 alegorias poéticas sobre fatos leves e densos como A Seca Nordestina, para crítica do leitor amante do versejar. No aconchego das Prosas que proseei, em verbo solto e livre, endossam-se temáticas de interesse nacional, ensejando a discussão do Apartheid Brasileiro e outros assuntos ensaiados pelo autor e fertiliza-dos com críticas salutares para a tomada de consciência sem radicalismo; porém, estabelecendo parâmetros fulcrais para análise da problemática brasileira. A contundência da sintaxe talvez choque em alguns casos, mas, a leveza da musa libérrima encerra uma discussão gratificante para o leitor enfronhado na ideologia socialista. É um esforço do autor pensando no leitor que queira sonhar o sonho da realidade em transformação para o bem da brasilidade atual; então, tirá-la do xeque-mate no jogo das contradições entre o capital e o trabalho.
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