Os livros didáticos, como material constitutivo das práticas de alfabetização, estão presentes hoje nas escolas públicas e privadas das diferentes regiões do país, em configurações diversas. As cartilhas que tanto marcaram uma geração, fortemente criticadas nas últimas décadas, continuam a disputar um lugar nas práticas docentes com os livros aprovados pelo PNLD e, mais recentemente, com os materiais apostilados oferecidos a Secretarias de Educação como "receita milagrosa" de combate ao fracasso escolar. Mas, afinal, que materiais são esses? Como se caracterizam? Qual o melhor? O livro didático é um bem (ou um mal) necessário? Como e quando usá-lo? São muitas as questões que envolvem esses recursos didáticos e a sua relação com as práticas de alfabetização. Na busca de respostas a essas questões, é importante entender como os sujeitos criam, constroem, fabricam e usam esses objetos que constituem a cultura material escolar. Esse livro é dedicado à discussão sobre o livro didático, em suas diferentes materializações, e sua relação com as práticas de ensino de alfabetização. Professores e professoras, pesquisadores e pesquisadoras, estudantes e todas as pessoas que vivenciam a alfabetização em suas práticas de ensino, pesquisa e formação encontrarão, na leitura dos diferentes capítulos dessa obra, relatos de pesquisas desenvolvidas por professoras/professores e alunas de mestrado e doutorado do Núcleo de Educação e Linguagem do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco. Os autores dos capítulos, em sua maioria, integram o Grupo de estudo em alfabetização, prática docente e formação de professor (GEALPRAFOR).
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