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Em meio aos recorrentes escândalos na Igreja Católica neste início de século, Paul Veyne realiza um profundo estudo sobre a incrível expansão do Cristianismo. O historiador e arqueólogo explica como a fé cristã pôde em apenas um século, entre os anos 300 e 400, se espalhar por todo o ocidente. Quando nosso mundo se tornou cristão apresenta as razões e consequências desta rápida propagação, que mudou os rumos da História. Ao analisar o progresso do cristianismo, o autor refuta a crença de que Constantino, um dos quatro imperadores romanos da época, visse na nova religião uma chance de unir e…mehr

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Produktbeschreibung
Em meio aos recorrentes escândalos na Igreja Católica neste início de século, Paul Veyne realiza um profundo estudo sobre a incrível expansão do Cristianismo. O historiador e arqueólogo explica como a fé cristã pôde em apenas um século, entre os anos 300 e 400, se espalhar por todo o ocidente. Quando nosso mundo se tornou cristão apresenta as razões e consequências desta rápida propagação, que mudou os rumos da História. Ao analisar o progresso do cristianismo, o autor refuta a crença de que Constantino, um dos quatro imperadores romanos da época, visse na nova religião uma chance de unir e estabilizar o Império. Para isso, ele apresenta uma interessante reflexão sobre a passagem histórica que descreve a adesão do governante ao cristianismo: o dirigente estava em guerra com Maxêncio, que dominava indevidamente a Itália e Roma. Para recuperar estas terras, Constantino, que também governava a Gália, Inglaterra e Espanha foi à guerra. Na noite anterior à batalha decisiva, o governante sonhou que sairia vitorioso se abraçasse o Cristianismo. Assim o fez e recuperou seus domínios roubados. O autor afirma que Constantino não tinha como objetivo usar a religião como instrumento de legitimação do regime político. Ele mostra como o cristianismo tem sua origem baseada na oralidade e coletividade e destaca a visão vanguardista do Imperador, que percebeu a legitimidade do movimento, até aquele momento com poucos adeptos, e por isso digno de seu trono. Paul Veyne destaca a importância do ato de Constantino, considerado o marco na história ocidental, que deu origem à Era Cristã. "Em 324, a religião cristã assumia com um golpe único uma dimensão 'mundial' e Constantino estaria alçado à estatura histórica. (...) O cristianismo dispunha daí em diante desse imenso império que era o centro do mundo e que se considerava com a mesma extensão da civilização", conclui Veyne. O historiador analisa a evolução do cristianismo ao longo do século IV e a sua coexistência com o paganismo, que por todo este período contou com grande número de adeptos. Em Quando nosso mundo se tornou cristão Veyne mostra como a fé cristã evolui de uma seita para uma religião devido ao aumento de bispados em certas regiões do Império, como o norte da Itália, e como suas profundas transformações moldaram o mundo moderno a partir da cristianização do Ocidente.

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Autorenporträt
Paul Veyne era um arqueólogo e historiador francês, especialista em história da Antiguidade Romana. Ex-aluno da Escola Normal Superior de Paris, e membro da École Française de Rome, foi professor honorário no Collège de France. As suas numerosas publicações sobre sociologia romana ou mitos gregos tornaram-no conhecido do grande público. Em 2007 foi laureado com o Prêmio Gobert, o maior prêmio de história concedido pela Academia Francesa às obras mais importantes da área, em reconhecimento por todo o seu trabalho. Veye nasceu em Aix-en-Provence, em 1930, e faleceu em 2022