Em "Quem sou eu: meu epitáfio", Mayara Lima é humana e artista; procura esclarecer sua própria identidade em versos, encontrando-se em meio às inúmeras facetas experienciadas pelo ser humano na construção de sua identidade. Ora real, está no mundo da literariedade, e é comerciante, psicóloga, doadora de livros para bibliotecas; ora figurada, flutua no ar da linguagem poética e é metamorfose, contradição e contemplação. Outra urgência, porém, ligada a da expressão, ressoa aos corações ao longo da humanidade: o de deixar mensagem. O ser humano necessita que o futuro reconheça-o, compreenda o modo como vive e como se socializa. Há a urgência de perdurar ao tempo, que não a matéria, mas a ideia. De chegar a outras culturas e explicar-se, difundir-se, contactar. Levada por essa urgência, Mayara quis jogar uma mensagem ao mar: a de si mesma. Mas não poderia considerar uma mensagem jogada ao mar se não mergulhada nos universos linguísticos possíveis de ancoragem. "Quem sou eu: meu epitáfio", é então, uma mensagem traduzida para chegar mais longe. Carregada não pelas águas do mar, mas pelas urgências comuns. Mayara está exposta em nome da poesia e da necessidade de se desvendar pela arte. Em diferentes línguas, como se estendesse os braços para alcançar o mais longe possível, recolhesse toda a força de si para lançar a garrafa ao mais distante do mar. Assim, esta é uma experiência poética que não espera o leitor; vai até ele, pois se mostra disposta e aberta a qualquer um a qual lhe seja desperto o chamado de conhecê-la, pois fala sua língua. Mayara Lima se define e se apresenta como uma amiga. A arte opera seu melhor milagre: o de lançar a garrafa ao mar e criar pontes, sejam elas entre diferentes praias ou entre diferentes mentes. Analice Chaves, poeta
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