Após embarcar em missão para Chernobyl, Jean-Pierre Dupuy, cientista renomado convertido à filosofia, descobre o que está por trás deste nome tornado familiar. Lá, se depara com aquilo que ele denomina "a invisibilidade do mal" - a catástrofe não deixou para trás nada além de campos devastados, povoados arruinados, casas inabitadas. Sem traço de vida. A única residência é o sinistro "sarcófago" - essa tumba que recobre o reator - e continua transmitindo suas radiações... De regresso a Paris, o autor é confrontado com a disparidade escandalosa entre o balanço oficial da catástrofe , confirmado por um relatório da ONU apresentado como definitivo, e aquilo que ele crê ter visto ou aprendido no lugar. O número de mortos em Chernobyl foram dez ou dez mil? Os bebês monstros são fato ou farsa? Face a estas contradições, Jean-Pierre Dupuy pesquisou acerca do universo mental da tecnocracia mundial. Ele mostra que todo o balanço de catástrofes deve sofrer intervenção de dimensões éticas e filosóficas que escapam aos especialistas. A questão do mal, atualmente, se coloca de uma maneira nova. Agora temos a temer tanto os arautos do bem quanto os do mal.
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