O sistema de educação escolar, no Brasil, historicamente foi erigido sob bases históricas, filosóficas e epistemológicas eurocentradas. Em função disso, no geral, os currículos educacionais tendem a ser monoculturais, e racistas, validados pela hegemonia capitalista, colonialista, burguesa, urbana e branca. Nas últimas décadas, essas bases têm sido tensionadas por crescentes demandas das populações não incluídas na esfera do reconhecimento humano, cultural e intelectual. Diante desse contexto, a Educação Escolar Quilombola, como uma modalidade de educação básica, específica, destinada à população quilombola, representa em si um "giro decolonial" por uma pedagogia inclusiva, diferenciada, antirracista e anticolonialista. Mas, por outro lado, impôs/impõe desafios políticos e pedagógicos às agências do estado e às escolas implicadas na sua efetivação. A pesquisa que resultou nesta obra apontou: a) necessidade de ampliação da oferta de formação continuada de docentes, e de segunda licenciatura; b) políticas de cotas para concurso de docentes quilombolas; c) fomento de recursos e formação para que docentes quilombolas possam junto de pesquisadores/as elaborar materiais didáticos específicos; d) providência de recursos financeiros e transporte escolar para aulas práticas; e) melhoraria na qualidade dos transportes escolares e das estradas; f) ampliação de recursos da merenda escolar; g) internet, h) laboratórios de informática e ciências; i) biblioteca, entre outros.
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