O livro tem como objetivo analisar o que tem ocorrido a milhares de jovens em boa parte do mundo, desde as décadas de 1960 e 70, e que volta a ocorrer no século XXI, nas ações de grupos salafistas que atacam e matam pela ressurreição do califado. Esses militantes islâmicos costumam afirmar que os "os muçulmanos são os únicos que lutam [agora] contra o sistema". No Ocidente, já não existem Panteras Vermelhas, nem guerrilhas, nem insurreições populares animadas pela utopia comunista. Dessa tradição rebelde restou certamente agora o combate internacional à globalização. Mas a guerra assimétrica animada pelas ideias redencionistas do fundamentalismo islâmico é a que assumiu a herança da violência armada dos grupos que nos anos 1960 lutavam não em nome de Alá, ou da umma (a comunidade islâmica mundial), mas do proletariado. Essa incongruência entre o sonhado e o existente tem atraído muitos conversos ao salafismo. O fato tem sido explicado com argumentos que incluem a alienação, a marginalidade social e um desconforto insuportável que esses jovens sentem vivendo numa sociedade cuja máxima é o laissez-faire. Corre o argumento de que os grupos salafistas oferecem a eles uma sensação neotribal de pertencimento, de identidade e de disciplina rígida, que lhes serve de antídoto à vitimização.
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