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O novo livro do poeta português Fernando Machado Silva publicado na Série Lusofonia inicia pelo verso do título, ao evocar o espírito de Clarice Lispector, e busca se encaixar nas dimensões de tempo e espaço, para o intento de transcendê-las: "um ano de escrita entre duas datas. eis do que se trata. como d'outros livros, anteriores, é de uma vida o que se lê. uma memória que gela, suspende, se confronta, se despede para aí retornar." Sua poesia traz a voz forte e cadenciada que fala do movimento inverso da deslocação da cidade para o campo, o conceito da vida como viagem, transitória e perene.…mehr

Produktbeschreibung
O novo livro do poeta português Fernando Machado Silva publicado na Série Lusofonia inicia pelo verso do título, ao evocar o espírito de Clarice Lispector, e busca se encaixar nas dimensões de tempo e espaço, para o intento de transcendê-las: "um ano de escrita entre duas datas. eis do que se trata. como d'outros livros, anteriores, é de uma vida o que se lê. uma memória que gela, suspende, se confronta, se despede para aí retornar." Sua poesia traz a voz forte e cadenciada que fala do movimento inverso da deslocação da cidade para o campo, o conceito da vida como viagem, transitória e perene. Inspirados em Clarice, os versos de 'Às vezes acordo do longo sono - e volto-me com docilidade para o delicado abismo da desordem' associam o ato de escrever a uma espécie de "acordar". As referências clariceanas perpassam o texto poético, em um diálogo presente de lusofonia e partilha artística. Depois de 'O coração estendido pela cidade', nos versos do poeta, é o posfaciador Henrique Manuel Bento Fialho que repara na brisa dos "dias consumados entre uma experiência de vida e uma ideia de morte", em uma busca incessante da infinita beleza que atravessa os sentidos do perceptível."
Autorenporträt
Fernando Machado Silva, 1979, Lisboa. Publicou Primeira viagem (Orfeu, 2010), Passageiros clandestinos (Companhia das Ilhas, 2012), O coração estendido pela cidade (Gato-Bravo/Jaguatirica 2017), Um espelho para reproduzir as mutações da vida (Companhia das Ilhas, 2018) e Para um outro dia Lázaro (Enfermaria 6, 2018). Participou nas colectâneas Poetas d'ORFEU - Florilégio de poesia (Orfeu, 2011) e A garganta inflamada (Companhia das Ilhas 2019) e mais recentemente nas revistas de poesia Três Três e Inefável. Tem ainda no prelo: A ironia das cobras de espuma (poesia, Jaguatirica), Libertar-te a mão que segura os cravos e ouvir-te cantar (diálogo poético, Jaguatirica), Agita as águas, rompe o silêncio (prosa, DSO) e Pôr uma pedra (poesia, Companhia das Ilhas). Vive em Potsdam, na Alemanha, com a sua esposa, filho e cadelas. Pratica Yoga Integral segundo Sri Swami Sivananda.