Quão justo é viver com o que pagam pela nossa força de trabalho? Como a sociedade lida com pessoas que não precisam vender sua força de trabalho para viver com conforto? E o que resta às pessoas que, por algum motivo, como a ocorrência de um transtorno mental, não podem vender essa força? A dificuldade de inserir o louco no mercado de trabalho foi um dos motivos do seu encarceramento em manicômios. Hoje, questionamos o que se propõe a essa população num contexto de desemprego até mesmo para pessoas consideradas muito capacitadas. Sugerimos uma abordagem radical da reforma do modelo de atenção à saúde mental, ampliando o debate em direção à superação do modo de produção capitalista. Saúde mental e moral capitalista do trabalho: a dialética das alienações apresenta alguns aspectos da relação dialética entre a alienação provocada pelo trabalho assalariado, expropriado e gerador de mais-valia, e o transtorno mental, que ora é agravado pela prática laboral, ora a tem como atividade terapêutica ou preventiva. Além de promover um diálogo entre teorias sociais, políticas e filosóficas com a saúde mental no contexto capitalista, busca-se expor, também, formas de fazer atenção psicossocial pública numa perspectiva emancipadora - mas, nem por isso, utópica - na realidade brasileira. É momento de rever, fortalecer e radicalizar o processo de mudança da atenção em saúde mental para que ela caminhe ao lado da justiça social.
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