"No negrume dos fluxos e refluxos da agitação delirante, nevrótica, dos tempos hodiernos, vezes outras, lividisa a claridade tênue de poesias que nos chegam às mãos. Luiz Murat, escreveu: "o poeta é a chama que, apesar de neve, ao pé de cada lápide cintila". A poesia é o bálsamo harmonioso da alma, porque nos poetas a humanidade sonha. Um livro de poesias, engendrado pelo gênio da arte, é vestidura resplendente de luz que reverbera no âmago da sensibilidade. Na mente do poeta é capaz de surgir um pedaço de terra em pleno mar convulsionado. É o que vemos em "SINFONIA DE PARDAIS", de JCARLOS RIBEIRO onde, dentre outros, "o vento rasga a madrugada descalça;" "Bebi a aragem dos dias de primavera e saboreei o gosto amargo do inverno"; "Manhãs verdolengas"; "Emprestar o sorriso da dor"; "Volta no rufo do vento troteando nas gotas gélidas da tempestade solitária" e tantos outros. O livro é um todo de linguagem escorreita, de acrisolado gosto, onde pompeiam e vibram as metáforas, antíteses, hipérboles, metonímias, prosopopeias e um não mais contar de figuras que enobrecem a obra. Recebemo-la com alto apreço e envaidecimento, com esta dedicatória, que pedimos vênia para transcrever: " Mestre, retire dos meus versos somente o carinho da intenção, os erros devolva-me. Com carinho do ex-aluno JCarlos Ribeiro. 15.6.92". Não há erros a devolver, há somente aplausos a enviar. JCarlos integra a colmeia de intelectuais que fabricam o néctar sublime da cultura literária. Ao deixarmos esta nota singela, auguramos ao JCarlos Ribeiro, sempre mais estrelas na constelação do êxito." Dr. João Alves (in memoriam) Advogado e Professor
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