No final dos anos 1970 e no início dos 1980, as movimentações operárias do ABC paulista abrem perspectiva para a construção de um polo democrático-popular que possibilitaria o aprofundamento da democracia brasileira em dimensões jamais vistas. Se os setores de esquerda aglutinados em torno da vanguarda operária, e que posteriormente formariam o Partido dos Trabalhadores (PT), não conseguem construir essa alternativa, o Partido Comunista Brasileiro, até então hegemônico dentro do movimento operário, também não se mostra capaz de compreender a importância dessas manifestações e tem sua política derrotada no movimento de massas ao insistir em manter a prática calcada nos velhos instrumentais analíticos de sua "teoria do Brasil". A construção da teoria da revolução em "etapas", feita pelo Komintern - a Internacional Comunista -, a influência dessa Internacional no PCB e nas orientações da esquerda brasileira, assim como a incapacidade dos socialistas e comunistas de entender as novas dimensões sociopolíticas do Brasil são analisadas em Sinfonia inacabada que, ao fazer uma exposição abrangente da política dos comunistas, faz também uma análise crítica de toda a esquerda brasileira. Com apresentação inédita de Mauro Iasi e edição revista e atualizada, a segunda edição da obra de Antonio Carlos Mazzeo chega ao público no contexto de aniversário dos 100 anos de fundação do Partido Comunista - Seção Brasileira Da Internacional Comunista (PCB) (1922-2022).
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