Este livro é o meu Trabalho de Conclusão de Curso da minha faculdade de Jornalismo. É um livro-reportagem que aborda as tentativas de criminalização do funk, a cultura das favelas e periferias, e analisa os motivos da marginalização do ritmo, um deles o racismo, diga-se de passagem. O funk é muito mais que um ritmo musical, é a expressão das favelas. Reúne tudo aquilo que o povo vive, sente e conta ao resto da sociedade sobre essa realidade. O funk fala de drogas, sexo e criminalidade porque é o que os moradores da periferia vivem em seu cotidiano. O ritmo construiu um mundo à parte de tudo. Tem sua própria moda, seus festivais, comportamentos, uma linguagem única e sua própria estética. A marginalização do funk é fruto do mesmo racismo e preconceito que afetou o samba no início do século XX, e o hip-hop nos anos 1980. Tudo que surge à margem da cultura de elite e do centro das grandes cidades, é considerado diferente e discriminado. É fato que há dezenas de tentativas de criminalização do funk, a serem melhor detalhadas neste livro, que fala também das suas origens e dos caminhos percorridos até se tornar o ritmo que o Brasil "ama odiar".
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