O conceito de Insciência foi apresentado pelo Alvissarismo no terceiro selo do primeiro tomo de Alvíssara, onde demonstramos que a Ciência não tem a explicação para tudo, o seu raciocínio lógico não consegue abarcar a totalidade das coisas, dos fatos e dos significantes. Em verdade, a parte das coisas, dos fatos e dos significantes que a Ciência tem acesso é apenas a ponta do iceberg. A parte submersa é então a Insciência, isto é, o conjunto de coisas, fatos e significantes aos quais a Ciência não tem acesso por estarem além dos limites da origem do Logos. Nisto consiste a descoberta epistemológica do Alvissarismo que revela a existência da Insciência, que é um termo epistemológico com dois significados distintos. Em um sentido amplo, mais genérico, é o conjunto do conhecimento cujo qual a Ciência não tem acesso. O segundo significado, mais específico, provém da Filosofia Alvissarista e designa uma forma específica de como esse conjunto de conhecimentos cujo qual a Ciência não tem acesso funciona e pode ser acessado. A Insciência define um complexo de coisas, fatos e significantes de natureza praticamente insondável, misteriosa, obscura, como a origem do universo, do homem, das paixões, do medo, da criatividade, da vida e da morte, que só podem ser acessados através de analogias e paradoxos lógicos na linguagem; através do mito, do rito, da ficção, da arte, do sonho e da hierofania. Ao dirigir-se à Ciência, a Insciência demanda que ela produza saber e depois tenta invalidar suas teorias. Do ponto de vista teórico, a Insciência representa a força motriz do conhecimento. A Insciência não parte para explicar tudo, com o saber que já possui, este é o trabalho da Ciência, nem mesmo dá por certo que todas as questões da existência serão respondidas algum dia, esta é a pretensão e a presunção da Ciência. Na Insciência, a impossibilidade e o limite aparecem como sendo a própria Verdade do Saber; isto significa que a Verdade da Insciência, sua força motriz, é o real, isto é, o mistério. A Insciência se distingue da Pseudociência por não ter a pretensão de ser uma Ciência, isto é, a Insciência não é uma Pseudociência porque não reivindica para si o status de Ciência, reconhecendo ser apenas um pensamento de origem filosófica, divina ou inspirada que não se adequa ao método científico válido. A Insciência não deve cuidadosamente reconciliar os paradoxos lógicos e as contradições existenciais, pelo contrário, ela deve procurar revelar a existência desses paradoxos e dessas contradições, demonstrando, do ponto de vista estrutural, que o seu objeto (existência, conhecimento, verdade, valor, estética, mente e linguagem) não pode ser conhecido em sua totalidade, pois há algo em seu objeto que é impossível conhecermos. A Função da Insciência é, pois, desvelar os seus próprios limites, é por isso que toda Insciência verdadeira é essencialmente crítica. O que caracteriza a Insciência é o limite, a incompletude, a incerteza e o paradoxo. Historicamente a Insciência nasceu com Sócrates, sendo posteriormente sistematizada na filosofia de Kant e Wittgenestein, na psicologia de Freud, Jung e Lacan, na física de Heisenberg e Schrödinger, e na matemática de Gödel e Russel, tendo sua constituição final revelada pela lógica paraconsistente de Newton da Costa e pela Epistemologia Alvissarista.
Dieser Download kann aus rechtlichen Gründen nur mit Rechnungsadresse in A, B, BG, CY, CZ, D, DK, EW, E, FIN, F, GR, H, IRL, I, LT, L, LR, M, NL, PL, P, R, S, SLO, SK ausgeliefert werden.