Ao estudar os relacionamentos humanos e tentar interpretar a realidade dos hábitos e atos humanos, percebi que o autoconhecimento é a resposta para muitas perguntas sobre a dificuldade na convivência humana. Isso, de certa forma, é até óbvio. Porém, a percepção real permanece sobre a busca incessante da dignidade humana. O poder que existe nesse resgate está ligado intimamente ao autoconhecimento. Os seres humanos questionam a existência humana, a justiça e a injustiça nos relacionamentos, mas se esquecem geralmente de que a dignidade é algo inerente ao próprio ser. Esse poder de manter a dignidade é pessoal. Para compreender essa complexidade, encontrar seu pertencimento dentro do autoconhecimento, uma pessoa precisa refletir e encontrar suas próprias respostas, a partir da compreensão da sua infância, do presente, das escolhas próprias, independentemente das escolhas já feitas pelos pais e de como essas interferências interagem. Ao se conseguir refletir sobre os próprios hábitos e comportamentos, o porquê deles, compreender a responsabilidade que se tem sobre eles, chega-se, inevitavelmente, ao encontro da dignidade humana. É enfrentamento, uma consciência que ninguém ensina, precisa ser pessoal, sem medos, sem receios de julgamento alheio, simplesmente desnudar todo o ser, para encontrar a verdadeira dignidade humana, que se reserva ao direito de recusar a violência, ou denunciá-la. O autoconhecimento antecede a essa dignidade.
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