Esse trabalho analisa a relação entre universidade, território e inovação, destacando o papel da universidade como agente da informação, do conhecimento e da inovação no contexto da economia da informação e do conhecimento (EIC). Foi estudada a implementação de uma universidade em um município minerador com o intuito de mudar o eixo produtivo do local. Tendo em vista a finitude de seu recurso natural, foi pensada uma via para a diversificação econômica local. O município, por ora, produtor de um bem tangível passaria a produtor do bem intangível ? o conhecimento ? fator de produção central na EIC. Esse arranjo, articulado conforme preveem o Triângulo de Sábato e o aparato da Tríplice Hélice, ocorreu considerando interesses convergentes do poder público local, da iniciativa privada e da universidade. No entanto, há um território ocupado pela mineração, imbuído de saberes locais. Existe uma realidade informacional que não pode ser desprezada. Os resultados demonstram que implementar uma universidade em uma localidade não é condição suficiente para que o eixo produtivo local se modifique e que, de uma realidade pautada na tangibilidade, se passe para a intangibilidade. Faz-se necessário um aparato institucional claro que viabilize a articulação entre governo-empresa-universidade. Sem clareza de quem é esse novo agente da produção, sem respaldo institucional e sem considerar as questões territoriais, os processos inovativos não ocorrem e a realidade desejada não se concretiza.
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