Se a antropofagia é, de fato, uma marca do modo de produção da subjetividade e da cultura no Brasil, como pensavam os modernistas de 1922, há poucas razões para alegrar-se: a hibridação, a flexibilidade, a liberdade de experimentação e a irreverência por si mesmas não asseguram, de modo algum, a vitalidade de uma sociedade. (...) Embora haja uma variedade de posições entre estes dois extremos da micropolítica antropofágica no Brasil, a balança tende frequentemente para o polo reativo, o que cria um terreno fértil para a incorporação acrítica da política de produção da subjetividade introduzida pela dobra financeirizada do capitalismo.
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