Ao abordar temas como a difícil inserção do negro na sociedade brasileira devido à herança escravocrata, os relacionamentos homossexuais, a exploração sexual de crianças e até o analfabetismo, Marcelino Freire não usa meias palavras. Ao contrário, seu texto, assim como sua leitura, é cortante, cheio de pontuações inesperadas. Sua visão não é a de um observador convencional, mas sim a de quem está em meio a um turbilhão de referências que hoje envolvem o homem brasileiro. No audiolivro Contos Negreiros, assim como em sua escrita, de personalidade forte, a leitura de Marcelino é marcada por um tom cortante, às vezes se arrastando como uma lamúria, às vezes ressoando entre as paredes como uma "bateção" de panelas. "Acho que meu texto e minha fala trazem a lembrança que tenho de minha mãe falando sem pausa, reclamando baixinho para si mesma, batendo panelas, como costumo dizer", conta o autor.
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