Este estudo investiga o papel da escola pública e dos espaços urbanos na constituição de culturas juvenis contemporâneas, visando compreender as rupturas e continuidades entre os espaços de produção de subjetividades, como também suas reverberações em percursos escolares de jovens na cidade. Examinamos os impactos das desigualdades e dos processos sociais nas experiências escolares, bem como os elos estabelecidos nos diferentes espaços de sociabilidade dos estudantes. Tomando-se como referência autores que discutem a história e a sociologia da educação, com foco no Brasil, e suas interface com a temática das juventudes, realizou-se um estudo empírico, entre fevereiro de 2017 e agosto de 2018, que teve como campo uma região da cidade de São Paulo – SP. Identificamos uma valorização da escola pela camada da população jovem socioeconomicamente vulnerável e sobre a qual recaem estereótipos de desvalorização da escola e da experiência escolar. Nossos resultados mostram que os jovens identificam nas escolas de periferia contextos institucionais em que ações políticas e de engajamentos juvenis podem ser desenvolvidas, levando o espaço escolar, como contexto de socialização, a ultrapassar seus próprios muros. Concluímos que os estudantes não estão alheios às questões políticas do país e demonstram capacidade de mobilização para a luta em prol de uma educação
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