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Este livro é um resumo do clássico da literatura "O Cortiço" de Aluísio Azevedo. A obra é um romance naturalista que retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. A história expõe as misérias, paixões e vícios dos moradores, explorando as influências do ambiente degradado sobre seus destinos. Com personagens variados, a obra denuncia as condições sociais e raciais da época, mostrando como o meio molda o comportamento humano. O cortiço é um ambiente multifacetado, habitado por personagens diversos: o comerciante português João Romão, que ascende socialmente através de suas…mehr

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Produktbeschreibung
Este livro é um resumo do clássico da literatura "O Cortiço" de Aluísio Azevedo. A obra é um romance naturalista que retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. A história expõe as misérias, paixões e vícios dos moradores, explorando as influências do ambiente degradado sobre seus destinos. Com personagens variados, a obra denuncia as condições sociais e raciais da época, mostrando como o meio molda o comportamento humano. O cortiço é um ambiente multifacetado, habitado por personagens diversos: o comerciante português João Romão, que ascende socialmente através de suas atividades; sua amante Bertoleza, uma mulher negra explorada e subjugada; a esposa de João Romão, dona Estela, uma mulher religiosa e submissa; Jerônimo, um trabalhador português que se torna alcóolatra; e outros moradores que refletem a multiplicidade da sociedade da época.

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Autorenporträt
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857, em São Luís, Maranhão, em um contexto familiar marcado por controvérsias. Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo e de Emília Amália Pinto de Magalhães, enfrentou o preconceito da sociedade local devido à união não oficial de seus pais, fato que influenciou suas percepções sobre os valores morais e sociais. Ele era irmão de Artur Azevedo, destacado dramaturgo, com quem compartilhou experiências artísticas e colaborações.Desde jovem, Aluísio demonstrou talento para o desenho e a pintura, habilidades que nutriram sua futura carreira como caricaturista e escritor. Em 1876, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde ingressou na Academia Imperial de Belas Artes. Lá, sustentou-se com caricaturas publicadas em jornais como O Fígaro e A Semana Ilustrada, trabalhos que moldaram sua habilidade em observar e retratar os aspectos humanos e sociais.O falecimento do pai em 1878 obrigou Aluísio a retornar a São Luís para sustentar a família. Foi nesse momento que iniciou sua carreira literária, publicando Uma Lágrima de Mulher (1879), um romance de tom sentimental e romântico. Contudo, seu marco na literatura brasileira viria em 1881, com a publicação de O Mulato. Esta obra, considerada pioneira do Naturalismo no Brasil, abordou de maneira crua e impactante o preconceito racial, escandalizando a sociedade maranhense, mas conquistando reconhecimento na Corte. Esse sucesso impulsionou seu retorno ao Rio de Janeiro, onde consolidou sua carreira como escritor.Entre 1882 e 1895, Aluísio manteve uma produção literária prolífica. Escreveu romances, contos, crônicas e peças teatrais, destacando-se por sua crítica social e retratos realistas da sociedade. Casa de Pensão (1884) e O Cortiço (1890) são considerados suas obras-primas, exemplares do Naturalismo, que exploram temas como a influência do meio social, a hereditariedade e as relações humanas em ambientes degradados. O Cortiço, em particular, é celebrado por sua complexidade e pela representação das interações entre classes sociais, incluindo questões como homossexualidade, que eram raramente abordadas na literatura da época.Em 1895, Aluísio ingressou na carreira diplomática, encerrando praticamente sua produção literária. Serviu em diversos países, incluindo Espanha, Japão e Argentina, onde se estabeleceu com sua companheira, Pastora Luquez, e adotou seus dois filhos. Durante esses anos, manteve-se distante da literatura, mas seu legado permaneceu vivo. Em 1910, foi nomeado cônsul de primeira classe em Buenos Aires, cidade onde faleceu em 21 de janeiro de 1913.Aluísio Azevedo foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 4, cujo patrono é Basílio da Gama. Seus restos mortais foram trasladados para São Luís em 1918, por iniciativa de Coelho Neto. Sua obra continua a ser estudada e admirada, destacando-o como um dos grandes expoentes do Naturalismo brasileiro. Os temas que abordou e a coragem com que expôs as contradições sociais de sua época fazem de Aluísio Azevedo uma figura central na literatura brasileira, cujas narrativas ainda ecoam no debate sobre os desafios da sociedade contemporânea.