Este livro é um resumo do clássico da literatura "O Cortiço" de Aluísio Azevedo. A obra é um romance naturalista que retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. A história expõe as misérias, paixões e vícios dos moradores, explorando as influências do ambiente degradado sobre seus destinos. Com personagens variados, a obra denuncia as condições sociais e raciais da época, mostrando como o meio molda o comportamento humano. O cortiço é um ambiente multifacetado, habitado por personagens diversos: o comerciante português João Romão, que ascende socialmente através de suas…mehr
Este livro é um resumo do clássico da literatura "O Cortiço" de Aluísio Azevedo. A obra é um romance naturalista que retrata a vida em um cortiço no Rio de Janeiro do século XIX. A história expõe as misérias, paixões e vícios dos moradores, explorando as influências do ambiente degradado sobre seus destinos. Com personagens variados, a obra denuncia as condições sociais e raciais da época, mostrando como o meio molda o comportamento humano. O cortiço é um ambiente multifacetado, habitado por personagens diversos: o comerciante português João Romão, que ascende socialmente através de suas atividades; sua amante Bertoleza, uma mulher negra explorada e subjugada; a esposa de João Romão, dona Estela, uma mulher religiosa e submissa; Jerônimo, um trabalhador português que se torna alcóolatra; e outros moradores que refletem a multiplicidade da sociedade da época.
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Autorenporträt
Filho do vice-cônsul português David Gonçalves de Azevedo, que, ainda jovem, enviuvara-se em boda anterior, e de Emília Amália Pinto de Magalhães,[1] separada de um rico comerciante português, Antônio Joaquim Branco, assiste Aluísio, em garoto, ao desabono da sociedade maranhense a essa união dos pais contraída sem segundas núpcias, algo que se configurava grande escândalo à época. Foi Aluísio, irmão mais novo do dramaturgo e jornalista Artur Azevedo, com o qual, em parceria, viria a esboçar peças teatrais. Ainda em pequeno revela pendores para o desenho e para a pintura, dom que mais tarde lhe auxiliaria na produção literária. Concluindo os preparatórios em São Luís do Maranhão, transfere-se em 1876 para o Rio de Janeiro, onde prossegue estudos na Academia Imperial de Belas-Artes, obtendo, a título de subsistência imediata, ofício de colaborador caricaturista de jornais como O Fígaro, O Mequetrefe, Zig-Zag e A Semana Ilustrada.[1] Com o falecimento do pai em 1878 volta ao Maranhão para sustentar a família.[1] Ali, instigado por dificuldades financeiras, abandona momentaneamente os desenhos[1] e dá início à atividade literária, publicando Uma Lágrima de Mulher no ano seguinte (1879). Em 1881, em período de crescente efervescência abolicionista, publica o romance O Mulato, obra que deixa a sociedade escandalizada pelo modo cru com que desnuda a questão racial e inaugura o Naturalismo na literatura brasileira.[1] Nela, o autor já demonstra ser abolicionista convicto. [1] Diante da reação hostil da província, obtendo sucesso com a obra na Corte, onde era considerada como exemplo da escola naturalista, volta à capital imperial e aí, incessantemente, produz romances, contos, crônicas e peças de teatro.[1] Sua obra é tida na conta de irregular por diversos críticos, uma vez que a produção oscila entre o romantismo de tons melodramáticos, de cunho comercial para o grande público, e o naturalismo já em obras mais elaboradas, deixando a marca de precursor do movimento.
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