A presente obra tem como objeto de estudo os camponeses do município de Moju integrados à cadeia produtiva do dendê. Os objetivos do estudo foram: analisar as formas de associação da agricultura camponesa às empresas Agropalma, Biopalma e Marborges no Moju; examinar como a dendeicultura reinventa a dinâmica do trabalho em comunidades tradicionais no município de Moju; e caracterizar a produção de alimentos nas comunidades tradicionais do Arauaí, Vila da Paz, Apiteua, Olho D água, Jupuuba, Pirateua, Sarapoí, Severo, São Pedro e Ramal do Levi, que têm unidades familiares produtivas de dendê. No espaço agrário do município de Moju é marcante o cultivo de mandioca (Manihot esculenta) e o fabrico de farinha de mesa. Neste município, a agricultura camponesa possui destaque na produção econômica, cultural e social de centenas de comunidades. O meio rural do município vem sofrendo transformações, sobretudo a partir de 2002, com a chegada do Projeto de Agricultura Familiar com Cultura de Dendê na comunidade do Arauaí, e com mais intensidade no ano de 2004 a 2010, a partir da criação do Programa Nacional de Produção do Biodiesel (PNPB) e do Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo (PPSPO), agora, com a presença de novos empreendimentos, como é o caso da Biopalma Vale, da Petrobrás Biocombustíveis (PBIO), da portuguesa GALP Energia, Guanfeng Group, dentre outros. A partir de então, vem se intensificando o processo de incorporação dos camponeses à cadeia produtiva da palma de óleo. Partimos da hipótese de que a introdução do plantio do dendê trouxe mudanças no modo de vida, nas formas de trabalho e de produção das comunidades camponesas onde a atividade aportou.
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