O tema é a inclusão de indicadores hidrológicos em modelos de gestão de povoamentos comerciais de eucalipto. As restrições adicionadas referem-se a reduções anuais da vazão, com valores estimados por um balanço hídrico que considera as perdas por interceptação e por evapotranspiração, dependentes de fatores ambientais. A área de estudo corresponde a uma microbacia de 0,97km² localizada em Eldorado do Sul, no sul do Brasil. Foram consideradas 1296 alternativas de regime de manejo, variando espécie, densidade de plantio, índice de solo, idades de corte e sistema de condução. A área foliar foi um descritor do dossel florestal, de grande influência sobre o impacto hidrológico das plantações florestais. Os resultados dos modelos utilizados mostraram que quanto maior a restrição hidrológica imposta, mais se altera o plano de manejo da área e o valor do projeto obtido. A utilização de regimes de manejo com diferentes idades e a definição do material genético foram as variáveis de manejomais afetadas. A microbacia como unidade de manejo e as restrições hidrológicas aos modelos econômicos mostraram-se ferramentas úteis à integração do planejamento florestal e de recursos hídricos.