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Como toda instituição vinculada a um sistema, a escola é uma célula de reprodução das relações econômicas, processos de gerenciamentos, políticas públicas e, sobretudo, das contradições da sociedade de classes. Pierre Bourdieu (1970), em sua obra clássica, "A reprodução", que tem como subtítulo "elementos para uma teoria de ensino", foi o grande iniciador dessa linha de abordagem que situa e explica a escola como aparato de reprodução do capitalismo. Essa abordagem aglutinou uma corrente de grandes pensadores da educação que passaram a investigar, na tradição do pensamento crítico, as…mehr

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Produktbeschreibung
Como toda instituição vinculada a um sistema, a escola é uma célula de reprodução das relações econômicas, processos de gerenciamentos, políticas públicas e, sobretudo, das contradições da sociedade de classes. Pierre Bourdieu (1970), em sua obra clássica, "A reprodução", que tem como subtítulo "elementos para uma teoria de ensino", foi o grande iniciador dessa linha de abordagem que situa e explica a escola como aparato de reprodução do capitalismo. Essa abordagem aglutinou uma corrente de grandes pensadores da educação que passaram a investigar, na tradição do pensamento crítico, as estruturas de reprodução sociocultural na escola. Embora tenham dado imensa contribuição nas discussões dos problemas escolares, em certa medida, esses estudiosos cristalizaram, em uma parte do pensamento educacional, a ideia de que, diante do peso de seu caráter reprodutor, a escola nada, ou quase nada, teria a fazer, a não ser assumir-se definitivamente como instrumento de dominação. Essa perspectiva opunha-se a uma antiga visão romantizada da escola que, desde a era iluminista chegando ao apogeu com o movimento escolanovista, acreditava que a educação escolar salvaria o mundo. Mas essa corrente não foi a única. Ao realizarem uma espécie de crítica da crítica, outros pensadores, a partir dos anos de 1980, passaram a relativizar tanto o caráter salvacionista da clássica pedagogia, quanto o caráter absolutista, implícito na ideia de dominação estrutural defendida pelos estruturalistas bourdienianos. No Brasil, o grupo de autores responsáveis por essa nova crítica vinculava-se, especialmente, ao movimento da pedagogia histórico-crítica, ou, como ficou conhecida também, pedagogia crítico-social dos conteúdos. Não é exagero dizer que a pedagogia histórico-crítica tornou-se mesmo um movimento na educação brasileira. De 1980 até meados de 1990, inúmeros trabalhos inspirados na abordagem savianista, tributária principalmente do marxismo e do gramscismo, foram publicados e passaram a servir de referências em diferentes contextos da educação pública básica. De referencial teórico de projetos político-pedagógicos, às bibliografias de concursos em educação básica realizados em todo o país, os textos da pedagogia dos conteúdos tornaram-se leituras obrigatórias.

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Autorenporträt
ROSEMARY ROGGERO: Doutora em Educação: História, Poítica, Sociedade e mestre em Educação: Historia e Filosofia, pela PUC-SP. Graduada em Letras pela UMC. Docente titular dos programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) e Gestão e Práticas Profissionais (mestrado profissional) da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), bem como do curso de Pedagogia. Líder da Linha de Pesquisa e Intervenção em Gestão Educacional. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq Gestão da Formação e do Trabalho: Identidades Profissionais e Questões Geracionais. ANA ARAÚJO COSTA: graduada em Pedagogia pela FIHB Renascença, especialista em Psicopedagogia pela Universidade São Francisco, especialista em Design Instrucional em EaD Virtual pela Universidade Federal de Itajubá, especialista em Planejamento, Implementação, Gestão de EaD, pela Universidade Federal Fluminense, mestre em Psicologia Educacional pela UNIFIEO, supervisora escolar pela PMSP e doutoranda em Políticas Educacionais, pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Nove de Julho, São Paulo. LUCILENE SCHUNCK COSTA PISANESCHI: graduada em História pela FFLCH-USP; licenciada em História pela FE-USP; graduada e licenciada em Pedagogia pela FE-USP; especialista em Educação Infantil pela Universidade Jaboticabal; Mestre em Didática, Teorias de Ensino e Práticas Escolares pela FE-USP e Doutora em Políticas Educacionais pela Universidade Nove de Julho, São Paulo. Diretora de escola da Rede Municipal de Educação de São Paulo.