Mulheres são, no mundo todo, vítimas diárias de inúmeras formas de violência. Diante dos números alarmantes da agressão perpetrada por parceiros contra suas companheiras, em revolta à consolidação da frase "mulher gosta de apanhar", a autora aborda juridicamente a violência familiar contra mulheres no Brasil, apontando como pilar essencial de sua ocorrência a construção e distribuição desigual de papéis de gênero pela sociedade de bases patriarcais. Assim, relaciona a perpetuação da violência de maneira anônima no lar com a ocorrência cíclica das agressões, alimentada por uma espécie de Síndrome de Estocolmo a nível psicológico, que aprisiona a vítima ao lar e a ao agressor, impedindo-a de notificar os crimes e de procurar a persecução penal do companheiro violentador. Ao fim, aponta possíveis caminhos para a contenção da violência, proteção da vítima e para o combate à Síndrome.
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