O presente trabalho discute as representações de modernização construídas pelos fotógrafos de ascendência italiana Domingos e Reno Mancuso, tendo como suporte a fotografia. O cenário é a colônia/cidade de Caxias do Sul, na primeira metade do século XX. O acervo analisado trata-se de um conjunto de 190 fotografias que têm como temática central as mudanças e permanências verificadas no centro urbano de Caxias do Sul, registrando a sua passagem de sede colonial para urbe moderna. O recorte temporal contempla o período de funcionamento dos ateliês fotográficos mantidos pelos profissionais, quais sejam o Atelier Mancuso e A Casa do Amador, considerando que Domingos atuou entre 1907 e 1937 e seu filho, Reno, de 1937 a 1961. Em relação aos fotógrafos, são considerados aspectos sobre a história de vida de ambos, assim como as características que envolvem os seus processos de trabalho na produção fotográfica. Em termos teórico-metodológicos, trabalha-se a temática a partir das fotografias, seu uso enquanto documento, as questões de modernidade e modernização implicadas, a tensão entre esse espaço colonial, marcado pela italianidade e o seu caráter tradicional, e as inovações, que remodelam o espaço urbano e dão o tom modernizante. Além disso, investiga-se como essa tensão é representada ou ocultada nas fotografias. Procura-se relacionar os pressupostos teóricos referentes à modernização com aqueles ligados à interpretação e à análise de imagens, considerando a relação entre fotografia, memória e história.
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