A história das ilhas de São Tomé e Príncipe é a da colonização do arquipélago, a da construção da nação e a da reformulação do projeto nacional. Em cada uma dessas etapas, manifestam-se diferentes diásporas e histórias de resistência contra o poder colonial e contra o autoritarismo no período pós-independência. A literatura, em especial a poesia ¿ objeto desta tese ¿ registra a representação de um espaço social em cujas marcas se evidenciam a historicidade do próprio espaço e a de seus habitantes, revelando as características das identidades que se destacam no processo. Esta tese objetiva comprovar que na poesia são-tomense, ao expressar-se de múltiplas maneiras, as diásporas revelam o percurso das transformações históricas e geográficas, decorrentes da inter-relação entre os grupos humanos e os espaços sociais. As especificidades da interação determinam se o espaço social deve ser definido como paisagem ou como território. O corpus poético selecionado para análise pertence aos poetas Francisco José Tenreiro, Caetano Costa Alegre, Tomás Medeiros, Fernando de Macedo; e às poetisas Alda Espírito Santo, Olinda Beja, Conceição Lima.
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