Renomados estudiosos das Ciências Sociais Aplicadas têm defendido a tese de que, quanto mais a atividade humana é considerada administrativa, menos ela é expressão de realização pessoal, pois o homem - enquanto participante apenas do enclave econômico - redunda submetido a compulsões operacionais que o inibem de se tornar, existencialmente, um sujeito ético. Tal incongruência entre os valores do indivíduo e os objetivos da empresa gera inevitavelmente uma tensão ética entre dimensões indissociáveis da razão: enquanto a pessoa, em sua atividade, busca por emancipação e autorrealização [tendência substancial], a empresa visa atingir objetivos estritamente econômicos [tendência instrumental]. O projeto Economia de Comunhão na Liberdade (EdC) insere-se com plenos direitos nesse debate, dado que, por sua ação, afirma a dignidade do ser humano, reconhecendo-o como o fim último de todas as ações econômicas. Neste livro, empresários, pesquisadores e interessados em geral são convidados aconhecer, com base em estudo de caso, o que a experiência da EdC ensina sobre como sistematizar uma iniciativa empresarial capaz de conjugar, com êxito, competitividade e promoção da pessoa e da sociedade.