Um professor de Educação Física que precisa se travestir para lecionar numa escola que não admite homens exercendo o magistério; uma garota de 14 anos descobrindo o amor através do apaixonamento por uma personagem feminina; duas gestoras que afirmam defender o feminino, mas que, na prática, consolidam posturas sexistas e retrógradas; um educandário onde a hostilidade entre meninos e meninas é constantemente estimulada pelo corpo gestor. Eis o cenário de "I My Me! Strawberry Eggs", a série de animação japonesa que serviu de base ao presente estudo. Concebido como dissertação para o mestrado em Literatura e Interculturalidade pela UEPB, entre os anos de 2015 e 2017, o livro problematiza o lugar do corpo e das performances de gênero no ambiente escolar, tomando como referência as vivências dos dois protagonistas do anime. Na primeira parte, o leitor é apresentado a Hibiki Amawa, um professor travestido que se defronta com dilemas que vão desde o imperativo da sobrevivência econômica até o impossível de um vínculo amoroso interdito nos mais diversos sentidos. Na segunda parte, somos apresentados a Fuuko Kuzuha, que se depara com a própria sexualidade a partir do autoestranhamento e que migra, paulatinamente, da condição de fragilidade para o protagonismo do seu próprio desejo. Paralelamente à trajetória dos dois protagonistas e outros personagens da trama, o autor também realiza um breve percurso sobre o lugar do feminino no Japão, dentro e fora da literatura de mangá.
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