O livro Sobre palavras e pedras, do poeta Atevaldo Rodrigues da Silva, não é para ser lido de um só fôlego, como lemos notícia de jornal. Cada poema se apresenta como uma pintura, uma paisagem. Ao leitor, se quiser enxergar todas as nuances da pintura, caberá a tarefa de olhar com calma, sem pressa, olhando de vários ângulos, aproximando-se, afastando-se e aí, então, poderá perceber que o livro trata de coisas da vida de todos nós. Trata de vida e de morte, da passagem das horas, de memórias e de esquecimento, de encontros e desencontros, de homens e de deuses. O eu lírico comunica-se com o leitor e ao longo dos versos de cada poema vai levando-o a aprofundar-se em si mesmo e encontrar aquele fio invisível que toca o cerne da alma e faz nascer, vindo de um lugar desconhecido, a emoção que só a poesia é capaz de criar.