De acordo com Hesíodo, um dos maiores poetas da Grécia Antiga, Eros foi filho do Caos e de Gaia. Era o deus do amor, da coesão universal e do erotismo. Aos deuses antigos eram celebradas cerimônias de mistérios, nas quais ao Mysté, ou iniciado, eram revelados segredos. A poesia nasceu como uma forma de expressar o sentimento de sacralidade do ser humano diante do sobrenatural, de criar mitos. A poesia nasceu como Mito, bem antes da Filosofia e de sua filha, a razão. O Amor é tanto pai da Poesia quanto da Filosofia. Mas, sem Poesia, não há Filosofia... Até a Filosofia, para sê-lo, nasce do amor pelo saber, pela busca do complemento e das questões essenciais do Ser e da vida humana. Aqui, neste templo de Eros, o leitor encontrará tanto um poetizar do Amor quanto um filosofar do sentir, uma ode ao êxtase do amar e uma celebração aos sentidos, uma reverência à mulher. O poeta, seguindo os passos dos poetas gregos, do rei bíblico, dos persas Omar Khayyam, Rumi e mesmo da distante Índia antiga, como Tagore, acessa os mistérios do Templo do Amor. Celebra-se o deus do amor e todos os seus dons: a beleza, o êxtase do amante, o prazer, a poesia, o vinho. O Autor lhe convida a adentrar nesse templo, iniciar-se nos mistérios do Amor e deleitar-se com seus cânticos à amada, a sacerdotisa com a qual ele se rejubilou em êxtase amoroso e poético.