A visão mais prática dessa concepção de uso dos valores nas organizações induz que a interferência é menos determinista e vê o gestor como um agente capaz de escolher atitudes e comportamentos não privilegiados no contexto em que está atuando, produzindo, assim, práticas capazes de provocar inovações, e até mesmo, de subverter as práticas e as convenções preestabelecidas. Os gestores têm a capacidade de questionar o status quo e de contribuir substancialmente para as mudanças organizacionais. Para isso, é preciso desenvolver uma consciência crítica sobre a razão por que os valores organizacionais estão como estão. Ou seja, que fatores históricos e organizacionais ajudaram a moldar sua hierarquia e significados. Para uma melhor utilização dessa teoria, é preciso que essas questões façam parte do treinamento e sejam adequadas aos colaboradores, de forma que eles compreendam as consequências ou benesses de certas escolhas em termos de atitude e comportamento.