Um dos resultados mais evidentes dessa nova dinâmica produtiva ensejada pelas mudanças organizacionais e tecnológicas impostas pela globalização da economia mundial tem sido a desestruturação do mercado de trabalho, sobretudo daquele baseado no emprego subordinado e no trabalho assalariado, uma vez que tanto o desemprego estrutural de um lado, como as pressões políticas para a flexibilização da legislação trabalhista, do outro, tendem a ampliar cada vez mais o número de trabalhadores que estarão expostos à insegurança e à precariedade de emprego e de salário. É nesse contexto que a proposta cooperativista tem surgido, mais uma vez, como uma solução alternativa para o problema do desemprego e como proposta de superação da velha e histórica relação entre capital e trabalho e da exploração que dela decorre. Assim, a prática da terceirização por meio das cooperativas de trabalho pode estar transformando milhares de trabalhadores associados em reféns dessas "novas" propostas coletivasde inclusão social, caracterizadas pela flexibilidade, vulnerabilidade e precariedade social.