Esse trabalho é norteado pela abordagem da Análise de Política Externa (APE) e seus modelos. Utilizamos tal enfoque a fim de compreendermos os processos de tomada de decisões da política externa brasileira e seu envolvimento com a agenda da Questão Palestina, em seus diversos momentos até a criação da perspectiva das relações com os países da Liga Árabe, personificando a Cúpula ASPA. Para desenvolver tal perspectiva, buscamos respaldo em referências primárias, como documentos de entidades de cunho internacional e nacional, declarações e discursos oficiais de autoridades ligadas à temática. Nossa pergunta central do trabalho é: o Brasil se relacionou com a Questão Palestina a partir de um planejamento da ascensão brasileira no plano internacional, ou se trata do natural desenvolvimento de sua política externa? Ou seja, planejamento ou decorrência de fatos? A partir do diálogo aqui desenvolvido, concluímos que a agenda da Questão Palestina se integrou gradualmente, em determinados momentos com maior ou menor grau, à política externa brasileira.