O presente livro compreende três artigos desenvolvidos a partir da leitura do autor e seus estudos acerca da filosofia do célebre filósofo clássico Immanuel Kant, um ícone da filosofia moderna. Ao longo de três capítulos é apresentada ao leitor a filosofia de Kant. Desenvolvida de maneira inédita e com uma interpretação sem igual sob perspectiva diferente, primeiramente, a partir dos escritos "Sobre Pedagogia" ainda pouco difundidos, nos quais o filósofo de Königsberg enfatiza a importância do ensino religioso na formação do sujeito autônomo como uma espécie de complementação ao ensino da ética e do dever com vistas a um propósito cosmopolita. Pois, no sistema kantiano é vislumbrada uma "Paz Perpétua" entre os homens, um mundo sem diferenças morais, erguido sob a égide de uma religião ética universal, na qual a humanidade poderia viver em harmonia, de maneira pacífica, onde prevaleceriam o respeito em meio a diversidade e o amor universalmente pautado no imperativo categórico da razão. Em seguida, são apresentados os juízos teleológicos como princípios reguladores do raciocínio que, coroam toda sistemática da Religião em Kant. Inicia pelos juízos fundamentais do conhecimento, causalidade e universalidade que são pressupostos em qualquer exercício da razão, onde a função da razão em formar conceitos para gerar conhecimento é, em si, um ato teleológico. O conceito formulado se torna uma finalidade da arquitetônica do pensamento a priori. O resultado desta análise considera o vínculo entre ética/religião e aponta o acordo entre fim moral com o fim último da criação que, justificam a aplicação dos juízos sintéticos a priori em toda a extensão da filosofia moral. E por último, o autor nos traz uma leitura geral do opúsculo kantiano intitulado Início Conjectural da História Humana, onde o filósofo de indica, de maneira analógica à narrativa edênica, os quatro primeiros passos da razão rumo à sua moralidade. Ao apresentar a narrativa edênica como uma história conjectural, o filósofo suscita, no detalhe providencial das vestimentas por meio de folhas de figueira utilizadas pelos primeiros seres racionais, os conceitos de recusa e decência a partir deste ato completamente livre, a saber, por recusarem seu estado natural de nudez, e, por conseguinte, se imporem a vestimenta como um princípio efetivo da decência. Deste modo, Kant fundamenta a moralidade na razão a partir de uma condição autônoma da vontade.