No contexto capitalista brasileiro gradualmente foi sendo conquistado um aparato jurídico para assegurar o direito à habitação, à moradia e à função social da propriedade do solo, fruto de reivindicações sociais. Concomitantemente, são consolidados os processos de financeirização da habitação imbuída de uma lógica produtivista que visa assegurar os lucros à indústria da construção civil e obedecer às regras dos mercados imobiliário e financeiro. Em diferentes contextos isso pode ser observado em todo o mundo, as conquistas sociais e os axiomas econômicos e de mercado são divergentes, quase inconciliáveis, fato que manterá as tensões e conflitos expressos nas políticas públicas (passadas,atuais e futuras). Esta publicação foi fruto de uma Tese de Doutorado que analisa estes conflitos no Brasil entre 1940-2015. Os resultados apontaram descompassos entre: quem precisa de moradia digna e para quem se produz habitação; a necessidade social e o produto das políticas habitacionais;o interesse social e o econômico. A análise desses descompassos contribui para o diligenciamento social dos programas públicos habitacionais, meio pelo qual se acredita alcançar cidades mais justas e inclusivas.
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