Neste livro, a autora faz uma análise da propaganda política presente na iconografia monetária da Cirenaica, colônia grega do Norte da África, entre o final de século IV e primeira metade do III a.C. Este foi um período bastante conturbado na história da região, marcada pelo controle parcial exercido por Ptolomeu I e seu preposto Magas. O jogo de apoios e resistência ao monarca helenístico pelos diversos grupos que compunham a sociedade cirenaica se evidencia na iconografia monetária, tendo em vista que a emissão de moedas era uma prerrogativa das classes mais influentes. Deste modo, a moeda é apresentada como um dos mecanismos que a cidade grega lançava mão no exercício de sua soberania, ainda que neste período se anunciava a morte de sua autonomia e, portanto, a morte da pólis mesma.