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Você já deve ter experimentado a perda de um familiar, amigo ou colega de trabalho; nesta hora, alguém deve ter dito, como consolo, que a morte é o caminho natural de todas as criaturas deste mundo. Talvez, para reforçar a sentença, ainda tenha apelado às divindades e arrematado: "É a vontade de Deus". Provavelmente você concordou, pois morrem milhares de pessoas todos os dias — e isto, sem dúvida, faz parte da minha e da tua rotina. Acreditar que a morte é o caminho natural das pessoas é uma coisa, mas pensar que todas elas têm mortes justas é algo bem diferente. Imagine que muitas mortes não…mehr
Você já deve ter experimentado a perda de um familiar, amigo ou colega de trabalho; nesta hora, alguém deve ter dito, como consolo, que a morte é o caminho natural de todas as criaturas deste mundo. Talvez, para reforçar a sentença, ainda tenha apelado às divindades e arrematado: "É a vontade de Deus". Provavelmente você concordou, pois morrem milhares de pessoas todos os dias — e isto, sem dúvida, faz parte da minha e da tua rotina. Acreditar que a morte é o caminho natural das pessoas é uma coisa, mas pensar que todas elas têm mortes justas é algo bem diferente. Imagine que muitas mortes não são naturais, isto é, decorrentes de doenças ou da deterioração do corpo, mas, sim, provocadas. Os personagens dos contos deste livro vivenciam, como avatares, as experiências reais de sofrimentos horríveis que lhes são impostos, todos propositalmente. A ficção é inspirada em fatos. Quiçá tenhamos uma boa morte. Ainda assim, o desfecho da vida pode vir com a imposição de sofrimento e dor para os sobreviventes. Imagine quantas vezes você já ouviu de bocas alheias: "Esse aí tinha de morrer mesmo!", uma sentença de ódio, rancor ou preconceito; simplesmente porque as crenças, os valores e os objetivos deste ou daquele são diferentes. Prepare-se para confrontar os seus paradigmas, suas crenças e valores enquanto lhe são contadas estas quatro histórias.
E P. Vogelmann é escritor e produtor cultural. Nasceu em Carazinho, em 14 de junho de 1960, e formou-se em Docência na Educação e em Ciências Econômicas. Aprendeu, desde cedo, com as crenças e os valores da família, descendentes de imigrantes alemães, a importância de construir um legado baseado no trabalho ético e no respeito à moral e aos bons costumes. A admiração aos seus professores serviu de inspiração para escrever seu primeiro conto, O Caçador e o Veado, aos doze anos e, adolescente, rascunhou um conto de mistério chamado O Último Enigma. Em 2021, finalmente publicou uma coletânea de poesias com o título Trechos da Vida - Memórias dos anos de chumbo. Em 2010, publicou dois livros técnicos: A Empresa Flexpower e A Arte de Ensinar e Construir o Conhecimento. Em 2012, publicou o livro de autoajuda Construindo Círculos de Prosperidade. Em 2018, tornou-se sócio-fundador da Academia Carazinhense de Letras - ACL. Em 2019, escreveu Sete Dias, um drama sobre a violência doméstica; em 2020, Imperfeitos, uma releitura crítica da vida de Abraão e Sara; e em 2024 publicou Morte Justa — uma ficção baseada em fatos reais. A coletânea de contos questiona as crenças e valores praticados na sociedade, bem como as implicações da religiosidade extrema praticada nas teocracias pelo mundo.
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