Na primeira edição da obra Nós, Ciborgues, a autora permitiu ao leitor acompanhar temáticas de paradigmas opostos, levantadas ainda no período de realização de sua tese de doutorado, e que suscitaram o debate homem/máquina. Temas dicotômicos, como natureza x cultura, filosofia x arte x ciência, subjetividade x objetividade, perpassam os assuntos centrais da primeira obra. Nesse aspecto, Fátima Regis já apontava caminhos para o refinamento dos sentidos humanos como um dos elementos e maiores desafios a serem perseguidos pela máquina. Já a atual 2ª edição amplia e atualiza esse universo de humanização da máquina, de forma a considerar os actantes (Teoria Ator-Rede de Bruno Latour) como elementos que podem fugir à subjetividade, quando se pensa nos autômatos e nas formas de manifestação dos bots, da programação e da inteligência artificial no universo contemporâneo da cultura digital. Nesta edição, o capítulo sobre inteligência artificial, que contextualiza o ambiente do metaverso, amplia o conteúdo referente ao processo de cognição, uma vez que considera o ambiente e as interações sociais e sensoriais como parte do processo cognitivo. Nesse sentido, vale a leitura revista, adaptada e atualizada, necessária no contexto em que a cognição é vista como parte de um composto que comporta o corpo, os sentidos e os afetos. (Trecho do Prefácio, de Alessandra Maia, José Messias, Letícia Perani e Raquel Timponi).
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