Em radioiodoterapia, os pacientes são submetidos à incorporação da substância radioativa Iodeto de Sódio (NaI), que reage fisiologicamente com metástases, restos de tecido tireoideano e outros órgãos e tecidos do corpo humano. Uma questão complexa é a estimativa da distribuição temporal e espacial da dose absorvida em órgãos e tecidos radiossensíveis dos pacientes submetidos a este tipo de tratamento. Como é praticamente impossível medir de forma direta a dose absorvida em regiões internas do paciente, utiliza-se a dosimetria numérica para tais estimavas. A dosimetria numérica utiliza modelos antropomórficos acoplados a códigos Monte Carlo para simular o transporte da radiação e sua interação com a matéria, bem como avaliar a dose depositada em órgãos e tecidos radiossensíveis. Para realizar estas avaliações de dose é preciso desenvolver algoritmos para simular as fontes radioativas envolvidas no problema. O conjunto formado pelas fontes radioativas, o modelo antropomórfico e o código Monte Carlo é, usualmente, denominado modelo computacional de exposição, onde a palavra exposição está aqui grafada no seu sentido mais geral.