Por mais que a humanidade vislumbre a felicidade plena, é sabido que, à exceção do mundo das fadas, a "vida-que-se-vive" (Marx, Engels, 2006) é irremediavelmente atravessada pelas inerentes intempéries e, claro, igualmente por episódios jubilosos, no decorrer de toda a nossa efêmera passagem pelas bandas de cá. Do ponto de vista filosófico, alguns pensadores concebem a existência humana na seara desses altos e baixos de forma paradoxal. Hedonista que só, Epicuro, por exemplo, filósofo grego do século IV a.C., defendia de maneira clara e direta que o verdadeiro regozijo residia na experiência dos prazeres humanos. Aristóteles, por sua vez, também filósofo grego que viveu entre 384 e 322 a.C., afirmava que o autêntico deleite pertencia apenas aos sábios, ou seja, a uma elite social que empregava seu amplo conhecimento para conduzir uma vida ética e justa. Já Sigmund Freud, o renomado pioneiro da psicanálise do século XIX e XX, argumentava que alcançar plenamente a satisfação era uma ideia utópica. É nessa gangorra das inexoráveis emoções do nosso existir, ininterruptamente permeado ora por mazelas, ora por contentamentos, que este livro se inspira para propor reflexões com base em outras ponderações filosóficas, enaltecendo, sempre, a potência da coletividade para percorrer essa aventura terrestre conhecida como vida.
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